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Após 36 anos, nova Pesquisa de Origem/Destino será base para o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis


11/03/2014

Para que o PLAMUS - Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis seja desenvolvido com coerência e respeitando as complexidades da região, um detalhado estudo está em andamento. A Pesquisa Domiciliar de Origem/Destino, conhecida como pesquisa OD, é uma espécie de “censo” para o transporte urbano, vital para o planejamento da mobilidade de uma cidade ser realizado com precisão. É graças a esta metodologia que especialistas em mobilidade poderão diagnosticar o uso da malha viária e a ocupação do solo, como funciona o deslocamento de cargas e dos moradores dos 13 municípios que compõem a região metropolitana de Florianópolis, de onde vêm, para onde vão e quais meios utilizam.

A Pesquisa Origem/Destino é elemento central das atividades de planejamento de transporte. É com ela que órgãos públicos e privados têm uma base sobre a qual trabalhar para criar soluções para os desafios da mobilidade nas cidades. A última pesquisa de OD realizada na região foi na capital Florianópolis, em 1978.


Histórico e importância

Os primeiros estudos que resultariam na Pesquisa de Origem/Destino foram realizados em Nova Iorque, Estados Unidos, em 1915. À época, a indústria de automóvel estava apenas em estágio inicial no mundo e a principal matriz de transporte era a rede ferroviária. No Brasil a pesquisa surgiu em 1967, por ocasião da implantação da Rede Básica de Metrô da cidade de São Paulo. Esse primeiro estudo nacional foi realizado pelo Grupo Executivo de Metrô da capital paulista e acabou servindo como referência não apenas para a instalação do sistema metroviário, mas para uma série de planos e ações no desenvolvimento urbano da cidade. A gerência do metrô paulistano explica em seu Plano Metropolitano de Desenvolvimento Integrado que “Pela grande quantidade de informações coletadas na Pesquisa de Origem/Destino, é possível utilizá-las não só no planejamento e em projetos de transporte, mas em diversas outras áreas”.

Quando finalizada, a Pesquisa de OD possibilita aos especialistas conhecer as características e o volume dos deslocamentos diários da população e de cargas na região em que o estudo foi realizado. A análise é feita através de modelos matemáticos que representam o comportamento das pessoas e os deslocamentos na cidade, permitindo simular situações hipotéticas e verificar seu impacto na acessibilidade e mobilidade. Há uma metodologia específica para a coleta dos dados e informações que, uma vez compilados, apontarão a distribuição espacial da população e seus locais de maior interesse, estabelecendo padrões de viagens dentro dos municípios.


Origem/Destino no PLAMUS

As pesquisas conduzidas pelo PLAMUS possuem um traço de inovação em relação às demais já realizadas no país. A diferença está na iniciativa de identificar o perfil de mobilidade também durante o verão, quando há fluxo importante de turistas nas cidades litorâneas. Nos recentes meses de janeiro e fevereiro foi realizada uma série de entrevistas em 16 praias da região, quando mais de três mil turistas e moradores locais foram ouvidos. Durante essa fase da coleta foram registrados os efeitos da sazonalidade na mobilidade da região metropolitana tanto em vias onde o tráfego sofre diminuição quanto naquelas em que o fluxo torna-se saturado.

Na última semana de março, a fase de coleta de informações chegará a uma nova etapa, constituída pelas entrevistas domiciliares, pelas contagens de tráfego e pela realização de oficinas participativas. As entrevistas domiciliares são de grande importância por contemplarem predominantemente os moradores da região. Um rápido questionário trará informações sobre como são as viagens da população no dia-a-dia, quando, onde e porque perdem tempo no trânsito. As residências a serem visitadas serão escolhidas por sorteio e os proprietários serão contatados com antecedência, por meio de carta a ser entregue lacrada e com senha de segurança.

A colaboração de todos será a chave para o sucesso desta etapa. Para tanto, o projeto disponibiliza canais de informação e participação além das entrevistas domiciliares, como o site plamus.com.br/participe, a página no Facebook e via Twitter, @PLAMUS_SC.

* FOTO: Zé Paiva [www.vistaimagens.com.br]

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