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Entrevista: Prefeito de Palhoça fala sobre expectativas após oficina do PLAMUS


17/06/2014

Prefeito de Palhoça, Camilo Martins

O prefeito de Palhoça, Camilo Martins, participou da última oficina do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis (PLAMUS), fechando o ciclo de encontros iniciado em abril - que reuniu técnicos das prefeituras e representantes da sociedade civil de 13 cidades da região metropolitana. Na entrevista a seguir, Martins defendeu o estudo de meios alternativos de transporte, como bicicletas e transporte marítimo, e elogiou a oficina por trazer as questões de mobilidade urbana que não eram abordadas desde a última pesquisa, realizada no final da década de 70.  

Qual a sua opinião sobre as oficinas realizadas com o poder público e a sociedade civil para discutir a mobilidade urbana na Grande Florianópolis?

Sou muito favorável a isso, porque antigamente os pacotes vinham prontos. O Governo do Estado de Santa Catarina, através da SC Parcerias, está de parabéns, porque estão fazendo o inverso: estão ouvindo os munícipes e os municípios através das entidades organizadas. São essas pessoas que realmente irão apresentar os problemas em mobilidade urbana. Do município de Palhoça, especificamente, nós tivemos diversas entidades presentes, representantes da concessionária de transporte público, dos taxistas, do transporte escolar. Essas pessoas conhecem a fundo. Então, essa oficina vem para melhorar a discussão, ver quais são os reais problemas, para que, futuramente, a gente possa ter esse Plano de Mobilidade integrado entre todos os municípios, e possa ser colocado em prática o mais breve possível, para amenizar e melhorar a mobilidade que hoje é um complicador de origem e destino. As pessoas não admitem mais essa demora no trânsito.

Como a questão da mobilidade urbana tem sido tratada na Grande Florianópolis, especialmente no município de Palhoça? Quais têm sido seus principais obstáculos?

A principal dificuldade é o destino. Nós temos o hábito de cada um ter o próprio veículo, querer dirigir o seu próprio carro para ir de um destino ao outro. Nós temos que dar prioridade ao transporte público. Acho que a solução mais barata hoje, além disso, ainda é eficiente. As pessoas não querem pagar muito caro e não querem que o transporte seja ruim. São vários fatores para que possamos atingir nosso objetivo final, que é transporte público eficiente, de qualidade e com tempo correto. Isso já vai melhorar muito a mobilidade da nossa região.

O que o Sr. espera que esse plano de mobilidade traga para a Grande Florianópolis e ao seu município?

É uma mudança de atitude. Desde 1978 não é feito um plano de mobilidade na nossa região. Aqui estamos dando o primeiro passo, que é ter um plano de mobilidade com oficinas trazendo de baixo para cima as demandas de diversos setores da sociedade civil organizada. Tendo o plano pronto, o segundo passo é buscar o recurso financeiro. Eu, como gestor público, sei da dificuldade que é buscar recursos, já que não temos muitos recursos disponíveis. Temos que buscar apoio do Governo Federal, para que a gente possa fazer um trabalho que seja colocado em prática. O terceiro passo é adaptar as melhorias e assim o ciclo virtuoso ficar completo. Dessa forma, teremos, sim, uma mobilidade urbana melhor, o direito de ir e vir com tranquilidade, sem ter a preocupação de ficar trancado no trânsito. As pessoas não aguentam mais e um dos fatores, na minha opinião, é o pouco uso do transporte público. Além disso, os transportes alternativos, como bicicletas ou marítimo, devem ser estudados e integrados. Isso vai solucionar muita coisa.


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