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Resultados das oficinas e da pesquisa domiciliar do PLAMUS devem ser divulgados em setembro


04/08/2014

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Com a fase das oficinas de participação social e pesquisas domiciliares chegando ao fim, o PLAMUS – Plano de Mobilidade da Grande Florianópolis passa agora para a sua segunda fase, com a consolidação e posterior divulgação dos resultados.

Desde janeiro deste ano, já foram realizadas pesquisas de Origem Destino em diversos pontos da região metropolitana, incluindo rodovias (foto), assim como foram disponibilizados também diversos canais participativos – como o telefone 0800 e o formulário no site do PLAMUS – como forma de ouvir a população sobre a questão da mobilidade. Além disso, os representantes da sociedade civil organizada e os técnicos das prefeituras puderam participar de oito oficinas, promovidas nas cidades da região metropolitana.

Os relatórios com os resultados desses levantamentos devem ser divulgados no mês que vem pelo consórcio responsável pelo plano, formado pelos escritórios Logit, Strategy& e Machado Meyer. É o que prevê o diretor da Strategy&, Carlos Gondim, que explica que todos esses resultados fazem parte de uma grande fase de diagnóstico. “Nós já avançamos muito, inclusive com uma série de estudos que podíamos fazer em paralelo às análises de campo. Resumidamente, o trabalho tem várias dimensões: uma delas é o trabalho de campo, que vai detectar os principais fluxos e, consequentemente, os principais problemas. Em paralelo a isso, pesquisamos e analisamos o desenvolvimento urbano e a organização institucional de cada uma das 13 cidades, assim como as atuais soluções de transportes e infraestrutura já contratadas, como, por exemplo, concessões existentes”.

Carlos Gondim diz que os primeiros resultados do PLAMUS já estão sendo consolidados e devem ser divulgados no mês que vem (Foto: Caio Barcellos)
Carlos Gondim diz que os primeiros resultados do PLAMUS já estão sendo consolidados e devem ser divulgados no mês que vem (Foto: Caio Barcellos)

Gondim esclarece que, a partir destes apontamentos, estão sendo finalizados diversos relatórios, com a consolidação das melhores práticas e mostrando as características de cada modal. Depois disso, o PLAMUS entra na segunda parte, com propostas para as 13 cidades envolvidas, com soluções de mobilidade urbana a nível metropolitano. “Serão alternativas de curto, médio e longo prazo. No caso dos congestionamentos na ponte que liga Florianópolis ao continente, por exemplo, estudamos diversas possibilidades, incluindo melhorias nos acessos, potencial de utilização da ponte e novas alternativas, como a utilização de transporte marítimo complementar, a introdução de um BRT [Bus Rapid Transit], um VLT [Veículo Leve sobre Trilhos], etc. O trabalho do consórcio inclui estudar e avaliar as soluções para propor algo que resolva os problemas de maneira viável. Estaremos avaliando não só na solução física, como também a viabilização dessas propostas. Quais as soluções e como as viabilizar. Esse é nosso papel”, acrescenta.

Ainda de acordo com o diretor da Strategy&, o diagnóstico inicial feito pelo consórcio mostrou que a falta de planejamento e gestão integrada na região metropolitana atrapalha a vida das pessoas, com a falta de soluções realmente integradas, dado que cada município tente a buscar soluções de forma separada. “Para o morador da região metropolitana, não existe essa fronteira entre cada município. Ele sai de sua cidade de manhã cedo para trabalhar em outra localidade e precisa dessa integração do transporte público”, finaliza Gondim.

Já para o advogado Rafael Vanzella, do escritório Machado Meyer Sendacz Opice Advogados, o PLAMUS deve trazer ideias realmente implementáveis. “Isso não é um trabalho acadêmico. Por isso, esse trabalho deverá conter um cardápio de opções, tanto para o Estado de Santa Catarina, como para os Municípios, para eles fazerem as licitações e depois contratarem”. Vanzella, que é especialista em financiamento de projetos e parcerias público-privadas, destaca que o Brasil ainda não tem dado a devida atenção às propostas de soluções integradas de mobilidade entre municípios. “O BNDES já percebeu que é preciso fazer essa gestão do transporte de maneira integrada. Por isso consideramos o PLAMUS como algo maior, que vai utilizar as informações coletadas para orientar outros municípios a implementarem essas sugestões em diversos níveis”. 


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