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Entrevista: Bernardo Meyer, secretário de Planejamento de São José


14/08/2014

 

O secretário Bernardo Meyer durante o encontro do Comitê Técnico de Acompanhamento do PLAMUS, realizado em junho em Biguaçu.
O secretário Bernardo Meyer durante o encontro do Comitê Técnico de Acompanhamento do PLAMUS, realizado em junho em Biguaçu.

O governo de São José aguarda as informações que serão disponibilizadas pelo PLAMUS – Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis para auxiliar na tomada de decisões na área de mobilidade urbana e gerar condições para melhorar a qualidade de vida da população. A afirmação é do secretário de Planejamento de São José, Bernardo Meyer, que vem acompanhando pessoalmente cada etapa de formação do plano. Ele ressalta que as oficinas permitiram que os técnicos conhecessem melhor a realidade da mobilidade urbana da região metropolitana e espera que as propostas tragam soluções efetivas para a integração das 13 cidades que fazem parte do PLAMUS. Doutor em Administração pela Universidade Federal do Paraná, Bernardo Meyer também já atuou como secretário de Educação do município. Na entrevista a seguir, ele comenta as expectativas do governo em relação à mobilidade urbana e os projetos que podem sair do papel com as informações que vem sendo levantadas desde o começo do ano.

Quais são as prioridades do governo de São José na área da mobilidade atualmente?

São José tem trabalhado muito para construir uma cidade melhor para se viver e principalmente uma cidade mais voltada às pessoas. Nossa prioridade é requalificar os espaços públicos tornando-os mais agradáveis aos pedestres e mais voltados ao convívio das pessoas da cidade. Além disso, estamos priorizando algumas mudanças viárias que possibilitem a melhoria do tráfego em algumas áreas críticas da cidade. Alguns investimentos também têm sido realizados para melhorar vias de acesso a alguns bairros da cidade que ao longo do tempo foram esquecidos pelo poder público. A prefeita Adeliana Dal Pont sempre enfatiza que precisamos fazer de São José uma cidade mais humanizada, e esse tem sido o nosso norte.

Como a prefeitura vê a formação de um plano de mobilidade urbana sustentável como o Plamus?

São José vê o plano de forma muito positiva por se tratar de um trabalho que analisa a região de forma integrada. Os problemas e desafios estão sendo tratados de maneira conjunta de modo que se encontrem soluções coletivas para problemas comuns. Além disso, é importante frisar que o plano tem um relevante caráter participativo em que os municípios estão podendo participar ativamente das discussões e formulações.

Qual o balanço após essa primeira fase de consulta, que incluiu pesquisas domiciliares, oficinas de participação social, entre outras, para a formação do PLAMUS?

Essa etapa de coleta de dados e realização de oficinas foi essencial para consolidar o aspecto participativo e inclusivo do plano. Com isso, foi possível identificar com clareza os problemas, os desafios e os desejos da população no tocante a mobilidade urbana da região.

Como São José planeja levar seus projetos locais para o âmbito metropolitano, levando em consideração as demais cidades do entorno, como Florianópolis?

São José tem uma localização estratégica e central no contexto do Grande Florianópolis, constituindo-se em passagem obrigatória a todos que acessam a capital do Estado pela via terrestre. Nós temos conversado muito com a equipe de governo dos municípios vizinhos, em especial de Florianópolis, com que temos diversos temas comuns na área de mobilidade. Posso citar como exemplo o fato de havermos constituído um grupo de trabalho dos dois municípios, desde o final do ano passado, para trabalhar no projeto da Beira Mar de Barreiros O Governo do Estado de Santa Catarina também nos auxilia nessa questão, reunindo os dirigentes dos municípios para que juntos possamos buscar soluções para os problemas de mobilidade. 

Secretário Bernardo Meyer (primeiro à esq.) acompanha a prefeita Adeliana Dal Pont (centro) na recente apresentação do especialista Michael King, em São José
Secretário Bernardo Meyer (primeiro à esq.) acompanha a prefeita Adeliana Dal Pont (centro) durante apresentação do especialista Michael King, em São José

Como surgiu a ideia de criar o Colegiado de Mobilidade Urbana da Grande Florianópolis?

A ideia surgiu a partir de conversas informais que tive com dois colegas de municípios vizinhos, o Secretário de Planejamento de Biguaçu, Felipe Asmuz e o Secretário de Mobilidade Urbana de Florianópolis Valmir Piacentini. Ambos me estimularam a propor a Associação de Municípios da Grande Florianópolis a formação desse órgão colegiado para que tivéssemos consolidado um espaço de encontro, troca de experiências e debate entre aqueles secretários municipais que tratam de temas relacionados à mobilidade urbana em nossa região. Os dirigentes municipais da Grande Florianópolis precisam se comunicar para que possamos trabalhar na busca de soluções conjuntas para enfrentar os desafios que se apresentam hoje.

De que maneira essa troca de experiências, iniciada no PLAMUS, pode contribuir para a formação das políticas públicas na área da mobilidade urbana?

O PLAMUS tem contribuído muito para o desenvolvimento do debate sobre mobilidade urbana nos municípios da região. A qualidade e a experiência dos profissionais do consórcio que conduz o plano tem sido fundamental para qualificar as discussões e busca de alternativas para a Grande Florianópolis.

Está certo afirmar que o maior desafio é integrar o plano diretor dos municípios ao planejamento de mobilidade?

Não é possível pensar em plano diretor e plano de mobilidade urbana de forma dissociada. A ocupação e o uso do solo são temas intrinsecamente relacionados e fundamentais em qualquer decisão de mobilidade urbana. Por isso, defendemos que o planejamento do plano diretor seja realizado de forma integrada ao plano de mobilidade.

O que o município pretende buscar após a entrega do plano?

São José espera utilizar as informações disponibilizadas pelo PLAMUS para subsidiar a tomada de decisões na área de mobilidade urbana e, sobretudo, gerar condições para que haja melhor mobilidade urbana e qualidade de vida para a população. O PLAMUS servirá também como um incentivo para integração com os municípios vizinhos na busca de soluções para questões de mobilidade urbana, como a do transporte público intermunicipal. Trabalharemos para que essa integração gere, acima de tudo, benefícios aos usuários do transporte coletivo de toda nossa região, na forma de melhores serviços, os quais devem ser dotados de mais tecnologia, conforto e rapidez.

 


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