A primeira etapa do seminário de apresentação oficial do PLAMUS – Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis contou com um público de mais de 150 pessoas composto pela equipe de desenvolvimento do projeto, membros do Governo do Estado, prefeitos e secretários municipais de 13 cidades da região metropolitana, especialistas e representantes de organizações da sociedade civil. O evento, realizado no auditório Milton Fetti, no prédio da FIESC em Florianópolis, promoveu palestras sobre mobilidade urbana, trânsito e cidades sustentáveis.
O Presidente da SC Parcerias, Paulo César Costa, abriu o evento com um alerta. Segundo ele, o crescimento desordenado dos veículos de transporte individual nas cidades provoca um paradoxo. Se por um lado todos buscam bem estar ao utilizar seus automóveis, por outro, esta decisão converte-se em desconforto em meio aos congestionamentos.
Também esteve presente o prefeito de Florianópolis em exercício, João Amin. “Este evento é muito importante porque integra a discussão da mobilidade urbana entre as cidades. Não há como pensar nenhuma iniciativa de transportes sem considerar toda a Grande Florianópolis”.
Representando o Governo do Estado, o Secretário de Planejamento, Murilo Flores, destacou a importância da participação social durante seu discurso: “Esse não é um plano de pesquisa que vai ser feito apenas em gabinete. Nossa preocupação é sempre interagir com a comunidade”.
Abrindo as apresentações do evento, o Superintendente da Área de Estruturação de Projetos do Banco Nacional de Desenvolvimento, Henrique Amarante Pinto, esclareceu o papel do BNDES no desenvolvimento do PLAMUS. De acordo com Henrique, o Banco trata o tema Mobilidade Urbana como um dos mais importantes no que diz respeito à inovação, desenvolvimento local, regional e socioambiental. “Esse estudo é possível pela qualidade do consórcio, mas é preciso o engajamento de todos os municípios” pontuou.
O segundo palestrante, Luis Antonio Lindau, diretor-presidente da EMBARQ Brasil, organização responsável pela comunicação e participação social do PLAMUS, atualmente há uma significativa evasão na utilização do transporte coletivo em função da corrida pela aquisição de automóveis particulares. “Nosso principal papel hoje é tomar iniciativas emergenciais para o controle do uso do automóvel. Há quatro principais medidas: desestimular o uso do veículo individual, melhorar o uso do transporte coletivo, estimular o transporte não motorizado e criar de forma coerente à integração do uso do solo e transporte”. Conforme Lindau, o que as pessoas querem com relação à mobilidade é ter mais acessibilidade, conectividade entre os municípios, rapidez e confiabilidade.
Seguindo a mesma linha, Alain Grimard, diretor da UN Habitat na América Latina, salienta “Nós acreditamos que a mobilidade urbana sustentável requer um salto conceitual para que um dos objetivos principais, que é garantir acesso para as pessoas, possa ser alcançado. Por isso, estamos aqui hoje, unidos por uma mesma causa”.
Dando continuidade ao cronograma da manhã, os integrantes do consórcio responsável por todas as etapas de pesquisa do PLAMUS detalharam as etapas de realização do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável e os benefícios que as pesquisas elaboradas aportarão para os 13 municípios envolvidos. Participaram desta apresentação, o diretor da LOGIT Engenharia, Wagner Colombini, Carlos Gondim, do escritório Booz & Company e Rafael Vanzella da MMSO Advogados.
Durante o período da tarde, técnicos e representantes municipais participaram de oficinas sobre os temas: “Desafios de mobilidade da região metropolitana de Florianópolis” e uma reunião do Comitê Técnico de Acompanhamento. A programação do dia foi encerrada com uma reunião técnica para alinhamento dos atores e entidades envolvidos no projeto.
