A origem e o destino de milhares de motoristas que trafegam nas rodovias federais e estaduais que dão acesso à região metropolitana estão sendo levantados por pesquisas que integrarão o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis - PLAMUS. Essa modalidade de levantamento é conhecida tecnicamente como “pesquisa de linha de contorno” e foi iniciada na última semana nos municípios de Biguaçu e Palhoça, devendo ser estendida para o entorno de Rancho Queimado, Anitápolis, Angelina e São Bonifácio.
O objetivo da pesquisa é identificar o perfil das viagens relacionadas com as regiões externas à área de abrangência do PLAMUS, para justamente avaliar os efeitos destas viagens no sistema viário da região. Dessa forma, serão traçados os fluxos de viagens com origens e destinos em cidades de outras regiões do estado, ou mesmo em outros estados e até países vizinhos. Com os dados nas mãos, poderá ser identificado, por exemplo, qual a quantidade de automóveis e caminhões que apenas passam pela região, sem necessariamente ter a região da Grande Florianópolis como origem ou destino. A informação ajudará a estimar, com precisão, qual será o tráfego desviado pelo Anel de Contorno Viário, quando estiver concluído, e ainda projetar o tráfego remanescente no eixo atual da BR-101.
Nos dias 10 e 11 de junho, automóveis, caminhões e ônibus que passaram pelo postos da Polícia Rodoviária Federal de Biguaçu e Palhoça na BR-101 foram selecionados por amostragem para a coleta de dados, que além das informações de origem e destino, incluíram detalhes como o ano do veículo, tipo de combustível utilizado, motivo do deslocamento e, para os caminhões, que tipo de carga estavam transportando.
As pesquisas de linha de contorno contam com o apoio das polícias rodoviárias federal e estadual, que estão ajudando a orientar os motoristas, garantindo segurança e fluidez no tráfego de veículos. Segundo Luiz Graziano, inspetor da Polícia Rodoviária Federal, o resultado da pesquisa será importante também para o planejamento das ações da própria polícia. “Poderemos, por exemplo, estudar o perfil dos usuários e das rodovias, e essas informações vão embasar o planejamento não só para a fiscalização, mas também para a logística do Estado de Santa Catarina. Vários setores poderão se beneficiar desses dados que estão sendo levantados a partir de agora”, disse Graziano.
O coordenador técnico do PLAMUS, Paulo Sérgio Custódio, adiantou quais serão os próximos passos do levantamento. "As pesquisas terão continuidade nas rodovias estaduais, fechando o leque das principais rodovias de acesso à Região Metropolitana. Com isso, teremos todo o movimento de pessoas e cargas entre as zonas externas e as zonas internas da Região Metropolitana da Grande Florianópolis", disse. Entre os dias 24 e 27 de junho, a pesquisa deve ser aplicada na BR-282, no Posto da Polícia Rodoviária Federal em Rancho Queimado, e nas rodovias estaduais que dão acesso à Anitápolis, Angelina e São Bonifácio, durante um dia em cada um destes pontos.
Já Guilherme Medeiros, coordenador do PLAMUS por parte do Governo do Estado de Santa Catarina, elogiou o apoio das polícias na realização dos levantamentos. “Sem esse apoio não seria possível a aplicação da pesquisa com os automóveis e caminhões. A participação das polícias é fundamental para assegurar a parada dos veículos com segurança para todos os envolvidos, e tivemos uma grande compreensão da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar Rodoviária Estadual em relação ao nosso trabalho de campo que estão sendo aplicado para o desenvolvimento do PLAMUS. O apoio que estamos recebendo é uma demonstração do compromisso destas entidades e nos mostra a importância do bom planejamento para a melhoria das condições de nossas rodovias no futuro", destacou.
